Na sutil transparência do dia
em que tecias a fibra do encanto,
doce era a passagem dos ventos
e solene dizias :eu te amo tanto...
Eram sedosas teias de afeto
maceradas no espaço e no tempo,
rendas de bilro a enfeitar
a brancura do teu corpo ao relento.
Trançavas versos,poemas inteiros
cordéis encantados de amor,
trabalhos sutis, desenhados
a sangue,paixão e suor.
Bordando em cânhamo e linha
arabescos rendados de vento
girassóis de sonhos criavas,
nas tardes de sol e passatempo..