Tudo és
Já não há sonhos coloridos,
O vento trouxe esta cinzenta acalmia,
Esta paz escurecida que eu não queria,
Deixada por troca de um amor fervoroso!
Sinto a vida parada, em repouso,
Repouso gélido que me deixa a alma inerte,
Aguardado pelo amor, de um amor que me desperte,
Desta senda tão sombria!
Ah! Amor, como eu te queria,
Sentir a abraçar os meus pedaços,
Num toque colorido de mil abraços,
Que tornassem a noite em dia!
Mas é tão cinzenta esta acalmia,
Escura solidão que eu não queria!
Apenas os meus sentidos têm cores,
E eu visto de esperança as minhas dores,
Visto-me com as trovas do teu canto
E a vida, coloco aos ombros como manto,
E tudo o que sou, entrego aos teus pés!
Ah amor! Como eu te amo tanto,
Tudo apenas, porque tudo és!