Olhos, lua, sol e uma vingança
Esses olhos tão tristonhos,
que choram assim minha dor.
Não consigo ver o horizonte
que escondeu meu grande amor.
Quando o sol em mim defronte,
hei de assim meus olhos vendar.
Fingir-me cego em terno açoite,
Para o sol não me iluminar.
A lua tem as lágimas sonoras,
para a noite toda cantar,
os amores das desoras.
Em plena luz de um dia,
irei rezar na poesia,
até a lua chorar.