De que adianta?
Que não seja assim
tão perto e tão longe,
não me acaricie apenas como
um sopro suave,
nem me aqueça mornamente
como um sol tão distante.
Não derrame seu sorriso
um sinal amigo,
um olhar vazio.
Não seja uma estrela
linda, misteriosa, tão presente,
fazendo te amar a distancia.
De que adianta
a sua presença,
se o me sangue é quente,
faz pulsar o coração
tão descontrolado,
louco para ser amado.
De que adianta
se não posso te amassar
com os meus abraços
nem juntar
o meu corpo no seu,
e a minha boca
lhe sugar
com todos os meus desejos,
te entregar o meu amor.
De que adianta essa tortura,
se você apenas resplende
pra mim contemplar,
e não possuo o poder
de fazer você
se tornar o meu amor,
e me amar.
Cláudio Domingos Borges.