Ânsia

Ânsia

Na noite escura fluo como um rio,

que não deságua não tem pra onde ir.

Meu coração uma ilha gelada

trancou a porta, amando sem porvir.

E no remanso desta vida em parêntesis,

vivo saudade eterna, feita de arco-iris,

a exaurir de dor, dentro da retina,

a solidão é o sopro que a anima.

Em desespero m'alma se pergunta

porque este amar, este querer.

Se em outros braços

hoje tu te encontras,

Do meu amor... Não queres nem saber.

Em ânsia louca, em sôfregas tentativas

suborno um desejo tão antigo.

A sobraçar aranjos impossíveis,

busco outras bocas tentando te esquecer.

(L.T.)

Laskhmi á Deusa
Enviado por Laskhmi á Deusa em 26/01/2012
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