Ânsia
Ânsia
Na noite escura fluo como um rio,
que não deságua não tem pra onde ir.
Meu coração uma ilha gelada
trancou a porta, amando sem porvir.
E no remanso desta vida em parêntesis,
vivo saudade eterna, feita de arco-iris,
a exaurir de dor, dentro da retina,
a solidão é o sopro que a anima.
Em desespero m'alma se pergunta
porque este amar, este querer.
Se em outros braços
hoje tu te encontras,
Do meu amor... Não queres nem saber.
Em ânsia louca, em sôfregas tentativas
suborno um desejo tão antigo.
A sobraçar aranjos impossíveis,
busco outras bocas tentando te esquecer.
(L.T.)