Talvez, me encontre no maior desafio de minha vida.
Diante do que aprendi,
Do muito que percebi,
Desde que cheguei à Itacaré:
Não torcer o pé,
Nessa caminhada acelerada,
Verdadeira escalada,
Rumo ao meu mais alto solo,
Só viável no celestial colo.
Diante do que aprendi,
Do muito que percebi,
Desde que cheguei à Itacaré:
Não torcer o pé,
Nessa caminhada acelerada,
Verdadeira escalada,
Rumo ao meu mais alto solo,
Só viável no celestial colo.
Não dando muita importância
Às pedras do caminho,
Todas, claro, em desalinho,
Pela insensibilidade humana
E sua ambição pernóstica e profana.
Pela insustentável arrogância
Dos “exploradores”,
Disfarçados de empregadores,
Que os lugares paradisíacos atraem,
Infelizmente,
E que desafortunadamente,
Os traem,
Miseravelmente,
Invariavelmente.
Pessoas que não se sabem
Só pensam em dinheiro,
Mas, se disfarçam de naturistas,
De –infâmia – “ecologistas”,
De amantes da natureza,
Desde que essa lhes renda dividendos,
A contento,
Com toda a certeza!
Encontram na gente simples, uma mão de obra barata,
Fácil de ser enrolada,
Com falsas promessas
E pequenas quimeras.
Um quadro lamentável,
Que se estende pelo brasileiro litoral,
A espera de uma revolução cultural,
Que deixe de ser tão capitalista,
Para ser bem mais humanista.
Nunca quis ser feliz sozinho.
Quero o melhor para o lugar que escolhi por ninho.
Mais atenção,
Mais dedicação,
De todos os lados,
Em todas as relevâncias,
Em todas as instâncias.
Afinal, um dos lugares mais belos do mundo,
Visivelmente encantado,
Precisa ser reconhecido como tal...
Com sua beleza sideral,
Ser muito, mas, muito mesmo, mais bem tratado.
Precisa sim, se sentir amado!
Itacaré, minha linda,
Parabéns, por mais um ano de vida.
Obrigado por me obrigar a pensar,
E a criar!
Música indicada
Interpretação surpreendente
Maria Gadú
"Axé Acappella"