Entre licores e flores
A vida não é para principiantes
O que justifica os bípedes nos romances
Na calada da noite os amantes
O uso ostensivo dos calmantes
Também não são flores
Aprendi depois de velho que nela temos licores
Bebemos porque são doces, possuem aromas e amores
Embora produzam dores
A vida, por vezes, é pura saudade
Na lembrança do primeiro beijo a simplicidade
Em nossa mãe a materialização da dignidade
E no passar do tempo a perda da vaidade
A vida, provavelmente é uma pequena criança
Uma adolescência cheia de esperança
Uma juventude repleta de lambança
E, por fim, uma maturidade rica em temperança.