SO AMOR POSSO OFERECER-TE
Amo-te... Eis tudo que possuo
Sei que é pouco e constrito
Mas o caminho é tudo que te ofereço...
Desordenados porem não menos cativos aos ouvidos
O que é a verdade se não uma parede a ser tombada
Como toda a vida feita de acúmulos em desordem!
Tudo que possuo é uma estrada vicinal
Sem paisagens sem passagens sem sinal
Viagem a ser conhecida por onde quer que estejas
Latejas em todas as flores
O brilho eterno do meu farol que te guarda
Meu sol que beija na tua fronte
Na fonte da minha tez te aguarda
Cada gotícula
Partícula
Resíduo
Coágulo
E átomos que estão em mim
Residem em ti também
Na infinidade do nada
Te ofereço o quantum
De meus dias
As preces de minha poesia
O brilho dos dias
A beleza que existe no silencio
Das pradarias
Minhas mãos são tuas buchas
Suas no corpo do meu arado
Mas jamais te deixarei ferir
Com meu alambrado
Com o arame farpado
Tudo que tenho
É este amor encapado
E estas palavras que confesso
Só podem ser inteiras
Se metade do que falo
Chega à completude
Dos teus ouvidos e que o coração
Murmure de paixão
E que minhas mãos
Tenha sempre a indescritível
Sensação de no teu vão
Poder te amar em corpo alma e coração...
Que meus pés alcancem tudo
Dependendo da procura
Em que está a estrela
De tua constelação...