Falando do Amor e de Amor
É bem verdade que o amor que idealizo hoje,
Já não me parece ser o mesmo amor que eu idealizava há vinte anos
Atrás
O amor mudou
Ou quem mudou foi eu?
A única certeza que eu tenho é que de amor entendo muito pouco
Pra mim não existia
Apesar de muitas pessoas quererem me convencer do contrario
Uns me diziam:
Ele fica dentro de você adormecido
Como um urso hibernando
Pensei:
Coitadinho do urso morreu de fome
Outros falavam:
O amor não é só de dentro ele é também de fora
Basta ficar atento que ele surgirá radiante na sua frente como um sol ao amanhecer
Pensei:
Será que justamente nesse dia eu dormi demais
E quando acordei o amor do meio dia não me reconheceu...?
Sei que o tempo não varre definitivamente
O amor para debaixo dos tapetes
Ele apenas os deixa empilhados em prateleiras
Como relógios parados a espera de pilhas novas
E o amor necessita de pilhas alcalinas recarregadas na alma
Para poder recomeçar sua jornada...
Por isso planto um amor novo aos pés dessa arvore cibernética
E rego todos os dias com almas de poetas
Ponho uma dose de encantamento e outra de sonhos
Na esperança que cresça o meu amor na medida em que diminua o meu abandono
Assim, como sou um homem de paciência e perseverança
Estarei aqui não tenho duvidas
Quando novamente o amor se transformar
E quem sabe assim, chegar um pouco mais perto de mim...