O anjo.

Anjo sem rosto

De mãos inclinadas para baixo

Seu manto esconde a sua formosura

Seus desejos são sagrados.

Olhas-me de frente

Estudamos um ao outro

Sabes o que quero

Sei que sabes

Mas não falo

Meus pensamentos de livro aberto

Estancas tudo no momento

Não sou nada diante da concepção.

Percebo a sua manta encostar-se ao chão

Cores vivas e suaves emergem do seu peito

Circunda a nossa volta

Inconsciente tento sair de cena

Mas os meus pés não obedecem

Sinto como se tivesse num palácio de cristal

Olhos no chão vêem o suor da emoção

Um sibilar na cabeça vem me visitar

Os tons correntes trazem uma mensagem

Parece que sou operado instantaneamente

E o meu coração assumiu mais felicidade

Deixando na eterna reserva

O medo que eu tinha de nunca levar

Para além das minhas próprias fronteiras

As poesias que nascem

Em meu coração.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 13/01/2007
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