Vem amor... Afloras mi’a pele...


Perambulam em meus sentidos os incontidos desejos,
ao persuadir-me com palavras sussurradas ao ouvido,
fujo de mim e encontro-me em teus braços, em teus beijos,
ardidos anelos que em minha pele fazem-se tatuados
 
Palavras que atoram os pudores e atravessam os poros
Passo então a sentir a imposição dos pecados
causando o arrepio que eleva a procura,
entre as erupções de meus pensamentos
almejando sorver o pólen da tua ternura,
oferecendo-te meus lábios de olhos fechados...
 
Vem amor... Afloras mi'a pele...
Entre beijos molhados e o sumo do querer
em que bebo rios de paixão nos teus versos
sem uma única palavra dizer
Vejo-te tecendo pergaminhos de sonhos
na sensualidade despida,
levando-me pela mão à mergulhar,

onde aprendo o sentido da vida
na loucura do teu verbo amar...
 
Vem amor... Afloras mi'a pele...
Que o meu silêncio ecoa aos gritos,
que meu corpo à ti clamas, te pede
com o mais alto de todos os apelos,
desejando-te entre velas e pétalas,
a meia luz dos incautos anseios
qual insanidade passamos a ver estrelas
com o suave e cálido toque dos dedos...
 
Vem amor... Afloras mi'a pele...
Em ti quero esquecer o tempo
sorvendo em nossos lábios o doce mel,
vislumbrando os jardins suspensos no teu templo
adormecer no seu peito e flutuar no teu céu...





 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 24/01/2012
Código do texto: T3458840
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