O pescador e o seu sonho.
A tarde caia no horizonte
A lua já fazia dueto com o sol
Nos olhos um eclipse para noite
A espera por um sonho de você
As fases do poder de concentração
Ilusão a conceber a imaginação
Teus olhos em mar velejando
O seu cheiro sentido no ar
O coração quase absorto do corpo
Um segundo, tempo eterno
Átomo dividido em dois
Sonho distante demais
Para alcançar o brilho
O brilho dos teus olhos.
De repente chega a hora
As respostas num mesmo lugar
Parece encanto de madrugada
Até o teu corpo é iluminado.
E as águas das águas sobre as águas
Que rolam sobre si mesmas
Atrai a corrente do teu amor
Que o devora na vontade de conquistar
Alimentando o peito com sedução
Na imensidão do mar
Que um dia criou-se
Em volta dum amor jamais vivido
Porem constantemente sonhado.
Na cela do barco a velas
O mar é o culpado de se sentir assim...
Um pescador mora mais no mar
E sempre;
Mareia, mareia e mareia...