E de que adianta seu moço?

Trago atrofiado o pensamento

nem o vento pode mover um só dedo

do que gostaria de falar sem medo

sem falsidade nem segredo.

A dor algemou sinapses,

se alguém ao menos tentasse,

a poesia me ensinasse,

por certo faria versos,

loucos, tensos ,

primorosos, poéticos ,

densos, proféticos

ou patéticos,

declamados aos moucos

libertaria meu pensamento

deixaria qu'os lábios do vento

gritassem aos quatro cantos

os desencantos

engasgados na garganta

e de que adianta seu moço?

seriam repelidos por cegos e coxos

Santa de casa jamais encanta!

Benvinda Palma

Bemtevi
Enviado por Bemtevi em 23/01/2012
Reeditado em 24/01/2012
Código do texto: T3456515
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