Quero

Quando tua pele...sem motivo arrepia

E sentes teu peito tocado por beijos de borboletas

É então que em poema alado me transformo

Nascendo de mim poesias de estrelas.

Envolta em véus de morna e suave brisa deslizo

Escorro pelo teu olhar no céu desse poema de lua

Minha alma vira do avesso e delira

E sinto-te aqui...na pele da minha poesia nua.

Espero-te em súplica, coberta de rosadas flores

Prostrada na noite, no orvalhado chão

Como terra fértil sou, e tu...bendito grão

Suplico às estrelas que me levem até tua paixão.

Sou sonho...verdade e delírio

Estrela, lua e mulher

Desabo em temporais de palavras

Sou tudo que o poema quiser.

A derme então de versos carmins transborda

Toda poesia que vem de ti me toca...

E, como que mergulhada em teu verso, desabrocho

E todos os desígnios poéticos se cumprem amorosos.

1974

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 22/01/2012
Código do texto: T3454820