SAVEIRO
 
Saveiro que vai partindo,
saindo da beira do cais,
saveiro com velas soltas
que o vento açoita e vai.
Saveiro que vai cortando
as águas verdes do mar,
vai levando minha amada
deixando-me a chorar.
Saveiro segue o destino
distanciando-se do cais,
vai sumindo, vai pra longe,
levando quem não verei mais.
Saveiro vai ficando pequeno,
quanto mais distante está,
nem percebe essa dor
que teima o meu peito queimar.
Saveiro silencioso
no horizonte sumindo,
partiu levando meu amor,
e eu fiquei entristecido.
Saveiro, quando voltares,
e chegares da Bahia,
trás de volta meu chamego,
devolve minha alegria.

 

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Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 19/01/2012
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