AMOR QUE NÃO SE ESQUECE
Uma vontade de te querer
Se pudesse roubar o dia
Em buquê te ofereceria
Somente pra descansar
Minha poesia em tua
Fôrma de mulher
Provando em delírios e colírios
Do teu caldo de essências divinas
Pra sobreviver te provaria
E morrerias seminua
Entregue como a noite escura
Que de orvalhos suas
Em creme de leite
Fio de óleo de azeite doce
Deslizando pelo teu imantado corpo
Passaria com leve calmaria
Meu amor de Samaria
Minha porta de entrada
Não é vindouro findarmos nossa estrada
Embrulha tudo pra viagem
Que a consciência não pesa
Como o sereno da madrugada fria
E de saudade te queria sem o breu
Na pesagem dos murmúrios mais distantes
Do viajante que nunca te esqueceu
Sua bagagem na barriga
Da amante fugidia
Que nem lembrara mais
Fizera-se amor de noite ou de dia
E assim vou engravidando
Outra flor de poesia
E de pólen em pólen
Tinha que te esquecer
Porque outra razão não mais existia...