AMOR QUE NÃO SE ESQUECE

Uma vontade de te querer

Se pudesse roubar o dia

Em buquê te ofereceria

Somente pra descansar

Minha poesia em tua

Fôrma de mulher

Provando em delírios e colírios

Do teu caldo de essências divinas

Pra sobreviver te provaria

E morrerias seminua

Entregue como a noite escura

Que de orvalhos suas

Em creme de leite

Fio de óleo de azeite doce

Deslizando pelo teu imantado corpo

Passaria com leve calmaria

Meu amor de Samaria

Minha porta de entrada

Não é vindouro findarmos nossa estrada

Embrulha tudo pra viagem

Que a consciência não pesa

Como o sereno da madrugada fria

E de saudade te queria sem o breu

Na pesagem dos murmúrios mais distantes

Do viajante que nunca te esqueceu

Sua bagagem na barriga

Da amante fugidia

Que nem lembrara mais

Fizera-se amor de noite ou de dia

E assim vou engravidando

Outra flor de poesia

E de pólen em pólen

Tinha que te esquecer

Porque outra razão não mais existia...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 19/01/2012
Código do texto: T3448751
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