Maresia

MARESIA
Jorge Linhaça
Arandú,2/06/2005

O aroma salgado do mar
que me invade as narinas
Minhas lágrimas a gotejar
Sabor de eiras das salinas

A brisa fresca da noite
que fustiga o meu corpo
como se fosse um açoite
no meu sentimento amorfo

O marulhar das ondas
em incessante melodia
Como sibilar de anaconda
a apertar-me em agonia

A lua no céu a brilhar
deusa Selene luminosa
Clareando o meu pesar
em serenidade dadivosa

A maresia que me entorpece
que abrasa e corroi os metais
minha alma por fim aquece

E sob as luzes telestiais
meu amor se engrandece
Pois amor...nunca é demais