UM AMOR INDESTRUTÍVEL QUE AUTODESTRUI-SE
Sempre fomos motivos de admiração
e porque não dizer invejados por todos
por um sentimento que nos amparava.
Éramos até ponto de referência quando alguém
comentava sobre a felicidade,
lá estava eu e você como exemplo.
Não havia um nada que servisse
de motivo para se comentar ao contrário,
do que realmente representávamos.
O nosso caso era sui generis e o que nos cercava dava-se a impressão que sempre fomos amparados pelos anjos do bem e nada, poderia perturbar as tempestades que de vez enquanto sobrevêm.
Contudo, o mar passou a agitar-se,
inúmeros barcos soçobravam, como o nosso, e os aqueles aplausos foram embora, os troféus ficaram cheio de poeira, e para complicar nós até então vencedores, fomos esquecidos
por quem nos admiravam.
Agora mesmo começaram a aparecer os primeiros sinais de um novo dia, e eu ainda não cheguei a entender como um afeto repleto de galardão pudesse desaparecer sem maiores explicações.