BUGIGANGA
Eu te procuro no fogo das horas
aonde a Criação zumbe pegadas aladas
do Céu mais longínquo até a lama dos sonhos
eu te vejo aonde os anjos só podem existir nus
porque é preciso inventar a rosa avassaladora do Amor
e a rosa é você
Eu não acho nada, quem delira é proibido de presumir
saber do Amor antevê desastres
o cavalo equilibra o número na crista de chamas
sinal de que o tempo é mais de uma bugiganga
e o meu Amor persiste, ainda que na montanha
o sábio jogue os meus olhos como dados
eu sou sempre o bandido, o último desaparecimento
do perdido, quando do meu Amor Cretino nascerem
estrelas do seu nome chamado, a existência fará entender
o que é o Amor e porque a tirania