Chuva De Amor

Quantas vezes eu fico doente

E fraco de tão frofunda tristeza.

Que minhas plantas sentem de repente,

E secam, sem água, destituindo-se de beleza.

Queria eu, ser amado nesta noite,

Mas o não querer, de uma parte como açoite,

Desperta meu peito à insônia,

Encontro-me só na noite risonha.

Saio então na varanda

A ver como a noite anda

E percebo que está chovendo

Docemente, sem raio e sem vento.

E eram suaves aqueles instantes,

Pois céu e tera...na chuva...amantes,

Se amavam silenciosamente

De paixão, esta sim, tão frequênte.

E fiquei feliz por isso concluir,

Mesmo se nesta noite eu não fosse dormir.

Silente e sem calor, a varanda fui deixando,

Que ficassem a sós, céu e terra na chuva,

Dois amantes se amando.

E na manhã vi as poças d’agua, depois da chuva...

São as marcas do amor...deixadas pelo céu,

Nos lençois da terra depois de uma

Doce noite de paixão.

Opus Sewaybricker
Enviado por Opus Sewaybricker em 12/01/2007
Código do texto: T344753