Chuva De Amor
Quantas vezes eu fico doente
E fraco de tão frofunda tristeza.
Que minhas plantas sentem de repente,
E secam, sem água, destituindo-se de beleza.
Queria eu, ser amado nesta noite,
Mas o não querer, de uma parte como açoite,
Desperta meu peito à insônia,
Encontro-me só na noite risonha.
Saio então na varanda
A ver como a noite anda
E percebo que está chovendo
Docemente, sem raio e sem vento.
E eram suaves aqueles instantes,
Pois céu e tera...na chuva...amantes,
Se amavam silenciosamente
De paixão, esta sim, tão frequênte.
E fiquei feliz por isso concluir,
Mesmo se nesta noite eu não fosse dormir.
Silente e sem calor, a varanda fui deixando,
Que ficassem a sós, céu e terra na chuva,
Dois amantes se amando.
E na manhã vi as poças d’agua, depois da chuva...
São as marcas do amor...deixadas pelo céu,
Nos lençois da terra depois de uma
Doce noite de paixão.