POR APELO A AMANDA
“POR APELO A AMANDA”
Uma noite
Ao apelo por Amanda
Olhou-me o vento,
Devastado, enfermo,
Sentiu-se culpado
Derrubado,
Sem o repouso
Dos seus braços,
Berços
Em lábios, os efeitos,
De lampejos de respeito
Peregrinação,
Suprir-se o desejo
Em direção a um beijo
Que reclama,
Que só Amanda,
O pode lograr.
Eu que me perco de seus olhos,
Eu que me avisto em seus modos
Em sonhar deposito o gozo alto
Em conclamar,
O par de seus seios em fogo
Branquear os dentes
No manjar de sua pele
Traçar o que quero,
Não se faz inerte!
Visitar seu solo,
Tramar e cegar-se
Para casas partidas
E filtrar a alegria
Para que então,
Espere!
Expelir-se a canção
Pelos calores dos dias,
Em regalias
E em acontecimentos célebres
E se voar pela linha
De acometimentos mestres
Onde se curva,
A veia...
Que salta de um beijo
Em que se ressalta
A louvação de um medo
Onde um coração que se anula
Assusta-se ao som
De um batom
Em um pescoço,
Sem preenchimento
Vazios perdões
Tomados de lado,
Desafortunados
Em cabelos que juram
Dar luzes aos dias
Em salvas de companhias
Cultas!
Regalias em beleza
Romarias de um corpo vistoso
Que se alardearia dengoso
Para de todo farta-se
Supõe-se posto,
Um fosco adiado
Em um dia claro,
E imperioso
E torná-lo
Calmo e zeloso
Onde amar se faça viajante
Igual ao fumegante empenho
No engenho de suas coragens
Jante ao meu lado,
Jante!
Dê-me uma chance
Alcance o meu gene,
O avance,
Cante e o profane!
Não diga,
Não me amar!
Não fale,
Não mandar,
Em minha remissão!
Rescisão em negar-me,
Em deixar-me,
A mais uma ambição
Sem o vão,
De não,
Beijar-lhe...
Rígida feição
Quando para outros
Desminta-se
O fica!
E o desespero,
Para o que estou aprisionado
Enfeitiça e minta
Mire em não me deixar;
Em não se delatar
Ante aos meus sentimentos
E os torná-los chacota
Aos vilarejos e toca
Para um despenhadeiro,
Onde ao fim, me lance,
Primeiro!
Ria,
Vista-se,
Enxergue,
Minha fuga,
É que cresce...
Vele por mim,
Meu dorso
Que é tão mestre
Em se insinuar
E que apenas reste
O ar que me aflita
E que é incapaz,
De ser desgosto
Pratica e lida
Com todas as provas
De quem lhe é deposto
Em ares de deboche
Eu, com sorte,
Cravarei o broche
Em sua lapela
Para que sejas minha,
Para o resto de minha vida
Viva a tudo,
Viva!
Mas não se diga
Que se via
Em outros,
Que não a mim
Mouro de cada dia
No que se lia;
Morro a cada vida
Que sem seu amor,
Eu partiria.
Não sei mais,
O que é desespero
Saberei corromper
O que creio,
Pois descreio,
No que nunca acreditei
Ditei tantas frases
Na folha,
Saída ao que veio
Jazidas valem o valor
De uma procissão
Ainda que,
Apenas me baste
Vê-la em pena
Ao meu rosto
Ouso implorar
Aos deuses do amor
Que te acertem primeiro
Antes que meu amor,
Derradeiro,
Transforme-se
Em morte.
Sem norte,
Sem corte,
Sem amarras,
Sem malvas,
Sem alças,
Sem vestido,
Que aos teus pés
Cairiam meus pedidos
Vestígios e caprichos
Em que me faria
Um homem mais puro
Que escravo e parco
Feito o barco
De novas conquistas
Altivas de inóspitas partidas
Beba ao meu repouso
Coma ao meu sopro
Onde o nobre dos sonhos
É o confronto capital de loucos
Risonho,
Tomo-me de leite
No pico de seus peitos
Em que meus dentes aprisiono
O feixe que me fartará
Os olhos vistosos
Uma a uma
São as mulheres
Que repreendem
O prazer inoculado
Alambrados em cortes
Avente e não pense
Em suma calúnia,
Compreenda o coice
De fundas agruras
Escute as costas
De minhas mãos
Que se dão
Ao vão que as ignora
Em voga,
O amor remoça
E me toca,
Como me fiz,
De um sonho bruto
Em que me enluto,
Eu reparti a dor a vários mundos
Porque eu só me quis,
Da Alcântara,
As seivas
E os campos aclamam
A manta e o azul dos vales
Ao florir dos cálices
Pelo verde dos olhos
Que não se alcança
Avança, avança,
Luz de criança
Anda porquê lhe é esperança
As tranças em cabelos vespertinos
Meus sonhos
Para os homens
No sonho feminino
Em que menino,
No não, se dança!
Amanda,
Meu corpo,
É que não descansa
Que ama mais
Que os sóis
Em volta de si mesmo
Que o nó
De um recomeço
Porque sou eu,
Que arrefeço
E em campana,
Arremesso-me
As pedras
E a intempérie das metas,
De um célere julgo.