QUANDO VOCÊ ABRE AS PERNAS

o cavalo eu trago no meio das coxas

e levanta asas quando você monta

estátuas hipnóticas gramofonam poxas

e os cupidos caralhuam raves êxtases nas grotas

bruxuleio seu andar no deleite da boceta

rockários tinturelam guardanapos

e o resultado é um zé pouco carioca brincando de sambeta

porque os bandeirantes no recreio tiram da lancheira o mais dos sapos

a poção mágica eu bebo - olhando seus olhos - no café expresso,

eu finjo de bravo porque tenho medo de ser menos tigre

- todo o meu amor é para ser entregue a você, confesso,

eu invento palavras p'ra chamar sua atenção armando o calibre

cada foto que estou ao seu lado faz prova judicial

de que a felicidade existe, e eu que sempre gostei de ser marginal

canto o amor porque sei como é lindo o seu coração uma estrela

eu atravesso o país gritando o seu nome na cor da aurora mais bela

eu só penso em você, sua pele dá cor à minha alma

e eu que dançava no meio fio das sombras

tiro do primeiro raio do sol um pote de ouro e na calma

do sonho que inventou você de tão linda mastigo as gomas

da tangerina que me perfuma a tara quando você abre as pernas