VIOLÃO d'AMÉRICA

Colho a rosa das curvas

e a pedra adquire

a melodia ao rolar

Como o sangue pelas uvas

e a quebra é livre

na fobia do somar

O que é da rua

sem o olho triangular

do sonhador

Eu sei a estátua menstrua

porque vindo do mar

o sol susteniza

a manhã plena do Amor

Eu tenho orgulho

nas minhas veias

o violão d'américa livre

canta vermelho o imenso festim

Na romaria

o santo carregado

vem da fé na utopia

Porque eu escrevo o Amor

suor rasgando a poeira

sonho tracejando a estrada

A visão da verdade

é o terno despido da lei

quando o único caminho é o seu ventre

quando o único Amor

é infinito porque eterna a luta

encontro o sentido todo na sua vida

a minha história