Recordo-me sempre de ti

Recordo-me sempre de ti

Jonas Caeiro

Uso lápis invés de pincel,

Que davas as cores nos quadros de panos,

Levando tais belezas em prantos,

De um tempo ainda em movimento.

A vida pintada pelas mãos da verdade,

Na dança real em cores azuis,

No pingo de cada saudade dada,

Em um tapete de sorrisos.

Foram deixados vestígios ilógicos,

Neste sentimento erguido em força,

Pela a tua irá sem aviso,

Que sempre quis expressar.

Recordo-me sempre de ti,

Em minhas vindas cegas,

Vendo a terra levar meu corpo,

Que sobrevivi em teu estúpido.

A violência foi vencida por você,

Sem ter piedade deste cansado poeta,

Que lamenta em livro ainda não nascido,

Nem mesmo perseguido por todos.

Estas pedras jogadas em meu sepulcro,

No sentimento do poeta nato,

Que sem delongas faz doer,

A tua visão tão sem motivo.

Este último quadro em paredes,

Nas tristes pinceladas do horror,

Que cai pela a vida pedaços,

Sendo lembrada nas falas.

Escrito por: Jonas Caeiro

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 17/01/2012
Código do texto: T3445681
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