Ao amanhecer
Ao amanhecer
Marcos Olavo
Teu mundo tão estranho,
Que anda em minha sombra,
Aliando minha inspiração,
Que sempre são escritas.
Sou apenas um trovador,
Agradando o meu coração ciumento,
Atravessando a tua linha invisível,
Que ninguém possa tocar.
Tão valorosa a tua vida aqui,
Neste apelo tão esplêndido,
Que rabisca o nosso sonhar,
Na mira do novo encontro.
Não conheço tanta mulher,
Nem preciso saber delas,
Neste oceano criado por mim,
Na saudade pirada.
De novo no alimento,
Correndo contra a ilusão,
Esquecendo cegamente das farras,
Que precisa apenas um dia conhecer.
A pleno sol, na tarde esquecida,
Que sou agora sem ser alegre,
Neste céu tão cinza,
Jogando os dias lamúrias.
Quero lembrar o ao amanhecer,
Vendo da minha janela as dores,
De não poder te abraçar,
Sem ter mais medo.
Esse poema possa agradar você,
Na tua escuridão do ego,
Que te leva até o teu ego,
Na miséria escrita.
Repito sem rodeio agora,
Tocando outra vez essa lenda,
Que precisa ser sempre lembrada,
No abraço da minha tristeza.
Quando desço do tempo cansado,
Na espera de sua resposta,
Que nunca chega ao meu alcance,
Vendo o teu pior desonesto.
Viajo no anseio aloprado,
Na busca da doce mulher,
Que me fez acreditar no amor,
Sem perder nas falas certas.
Escrito por: Marcos Olavo