Eu que não sei escrever nada sobre o amor!

Eu que não sei escrever nada sobre amor!

Acho que encontrei um pedaço, agora, do pouco do sentido de querer você.

Faltava uma explicação, um sei lá o porquê, mas faltava.

E incompleto eu fui a areia sob os seus pés e lhe afundei. Aos poucos.

Movediço você caiu e eu lhe traguei, àquela noite.

Acho que você era um pouco, do resto que me faltara.

Faltara uma moradia para o meu sossego.

E Intenso eu fui o feitiço da Lua que banhava o seu corpo.

Luminoso foi o sorriso da sua boca e o do seu olhar. Aos poucos...

Acho que um mundo inteiro não cabe na palma da mão

Falta a ele um pouco de eu e de você. Dê você a ele então..

E leve fui a folha de outono caindo na campina das suas pernas

Lufada de vento foi o beijo que acariciou o seu peito. Aos poucos..

Aos poucos o êxtase me consumiu. Acho.

Aos poucos eu me retorci. Tanto.

Aos poucos naveguei em você sem mapa (perdido de se encontrar)

Aos poucos éramos um só de dois! Loucos.

Aos poucos me esfreguei em seus lábios. Ávido!

Aos poucos desbravei as entranhas dos seus bosques (Argonauta da vida!)

As areias não se moveram mais, aos poucos...

A madrugada foi dormir. Cansada. Aos poucos...

O mundo se estreitou. Aos poucos...

É inverno e o vento arrepia!

Dhiego Araújo
Enviado por Dhiego Araújo em 16/01/2012
Código do texto: T3443240
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