Desvario

Eu por mim, incentivo o desvario

Causa primaria ou fim sem meio

A pronunciar em vago pranto

Palavras em triste devaneio

Por ti, sucumbiria em triste enlevo

Na treva bendita, onde nasceram os versos em desencanto

Que por ti velaria na morte de nosso amor, que agora antevejo

E no desespero de triste ilusão, ouso conter o pranto

Por ti... e não por mim, sorria...

Deixava de lado os encantos e as honras

De uma triste existência de glorias e desenganos

Em troca de migalhas de um amor que em seu cerne

Almejava lisonjas...

Por tua existência, desisti da minha

E guardei na memoria, o que poderia ter sido

Como se algum dia pudesse isso,

Viver um futuro de lembranças não vividas,

Restos de sentimentos perdidos...

Por ti silenciei minh'alma

Cerrando meus olhos ao som de triste hino

Buscando nos teus a chama de um amor que nunca vivi

Encontrando apenas o silencio de imagens e sombras sutis

Em um quadro negro chamado destino.

Claudio José
Enviado por Claudio José em 14/01/2012
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