SUCESSÃO DO TEMPO
Hoje presenciei a chegada de um
novo dia. Contemplei os primeiros raios
solares rompendo a escuridão da noite
que se foi, quem sabe levando consigo
alegrias, decepções ou até lágrimas
motivadas por um derradeiro adeus.
E o novo dia surgiu barulhento como
sempre, para alguns repletos de
muitas esperanças, cada qual procurando
defender seus interesses a exemplo do dia anterior.
Para os demais nenhuma novidade, continuam
adormecidos nos braços da noite que terminou,
quiçá por não ter terminado
seus sonhos de amor...
Embora não tenha adormecido por ter
dialogado a noite inteira com o meu
travesseiro, não alcancei nenhuma
conclusão para a minha afetividade,
a não ser confirmar a minha solidão.
Por essa razão, foi possível recepcionar
a chegada do novo dia todo agitado.
Nele também não vi e nem senti
qualquer motivo palpável para reconquistar
minhas esperanças, por menor que fosse.
Estou habituado não consolidar o
meu desejo, pois minhas expectativas
continuam abraçadas com as noites
que já terminaram, continuando
com outras que virão sem que nenhuma
delas traga a solução do que preciso.