Venha calar minha boca...agora!
Estou aqui a emitir sussuros,
A querer manter refletidos nos meus, teus olhos escuros...
Estou aqui de uma forma insustentável,
Disfarço, contando estrelas, esta dor insuportável...
Falo sozinha, grito, calo, choro morro e renasço,
Vezes sem medida...
Fico tensa, pesarosa me consumo em cansaço,
Quero tanto...tanto... tê-lo em minha vida...
Ando por aí, mulher-zumbi, sem rumo...
Recito poesias apaixonada e lúgubres.
Casa torta, em construção, fora do prumo.
Alma desolada sem possuir gratificação insalubre...
Te chamo e não posso me conter,
As vontades tuas é bicho que me devora!
Se não quer me ouvir, sabe o que tem de fazer?
Cola tua boca à minha...Venha calar minha boca... agora!