Venha calar minha boca...agora!

Estou aqui a emitir sussuros,

A querer manter refletidos nos meus, teus olhos escuros...

Estou aqui de uma forma insustentável,

Disfarço, contando estrelas, esta dor insuportável...

Falo sozinha, grito, calo, choro morro e renasço,

Vezes sem medida...

Fico tensa, pesarosa me consumo em cansaço,

Quero tanto...tanto... tê-lo em minha vida...

Ando por aí, mulher-zumbi, sem rumo...

Recito poesias apaixonada e lúgubres.

Casa torta, em construção, fora do prumo.

Alma desolada sem possuir gratificação insalubre...

Te chamo e não posso me conter,

As vontades tuas é bicho que me devora!

Se não quer me ouvir, sabe o que tem de fazer?

Cola tua boca à minha...Venha calar minha boca... agora!

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 13/01/2012
Reeditado em 13/01/2012
Código do texto: T3439011
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