Emoções a pedido…
Quando pensas que ao te relacionares
Entras num jogo de submissão
A quem te dás
Tens que prevalecer
Tens que não dar
Fingindo dar o teu coração
Mas não o dando de facto
Pelo medo
Subjectivo
Que to possam roubar
Esquecendo o raciocínio
De que nunca se pode viver
Sem aquilo
Que é o fulcro do nosso ser…
Entras na lógica do grande consumo
Em que tudo se pode adquirir
Tudo se pode perder
E assim te abasteces de emoções
No mercado
Escolhendo o que está certo
O que queres dar
Descartando
O que jamais em ti
Iriam comprar…
Emoções de plástico
Estilizadas
Emoções
Que a todo um mundo agrada…
Esquecendo
Ou guardando bem dentro de ti
As tuas reais
As tuas genuínas
Que não mostras
Pelo tal medo que tas possam roubar
Ou se lhes tocarem
Te possam reabrir velhas feridas…
E assim
Vives no mundo
Mas noutra realidade
Tu e toda a gente
Deste mundo global
Que oculta o que realmente é
Que realmente sente
Porque ao contrário
Do que seria lógico e saudável
Tal não faz bem
Só pode fazer
E trazer o mal…