Caos da queda do tempo
Caos da queda do tempo
Marcos Olavo
Uma folha cai neste chão,
Olhando a perca das lamentações,
Vendo tocar à força do vento,
Que diz tudo sem demora.
Queria apenas um olhar penetrante,
Sem perder mais tempo falho,
Que se levanta em noites sombrias,
Olhando em um passado mal resolvido.
O som daquele vento barulhento,
Dando o temporal no lugar,
Querendo recomeçar sem medo,
Esquecendo de uma vez os erros.
O amor eu conheci um dia
E nada é mais complexo de tocar,
Na hora do beijo arrancado,
Na veloz dia infeliz.
Lamento essa dor invisível,
Que atira tantos espinhos incertos,
Sem falar no dia e na hora,
Deste novo ataque sem afogar.
Acontece hoje sem avisar,
Este caos da queda do tempo,
Ouvindo aquele grito tão longe,
Que a voz tão cansada espera.
Tudo faz nascer agora,
Até as flores mortas,
Em nosso recomeço distraído,
De uma paixão acessa,
Que balança tanta a saudade.
Lembro-me de nós nesta tarde poética,
Revivendo em cada linha da felicidade,
Resumindo no toque desta infelicidade,
Cantando todas as frases perfeitas.
Espero que um dia possa levantar,
Desta besteira tão cega,
Que te faz sobreviver em hospícios,
Sem acordar em meus escritos.
Escrito por: Marcos Olavo