Quando tens vontade…

De colocar os braços em volta de tudo

Reparando desanimado ou desanimada

Que o tudo

Se resume apenas a um mero mundo

Que demasiadas vezes estácalado

Está mudo…

E no entanto tens essa vontade

E não deixas de o tentar abraçar

Já que as estrelas estão tão longe

Que a única coisa concreta e real que podes fazer

É para elas olhar…

E passas pela rua

Pelo divino desconhecido

Oferecendo uma flor ao acaso

A uma desconhecida

De expressão apagada

Entristecida

E descobres no seu olhar agradecido

Que ela deseja

Estar contigo…

E assim descobres

Que o amor

Por vezes é aleatório

Não está onde o julgamos encontar

Pode muito bem residir

Numa estranha

Que viste a chorar

Por um motivo desconhecido

Mas que te levou

A essas lágrimas tentares estancar

E assim descobres

Que por vezes abraçar o mundo

Passa por ser uma inutilidade

Pela força da sua ambição desmesurada

Descobres

Que numa desconhecida

Esses braços são mais bem empregues

O teu afecto é bem mais real

Descobres

Que mais vale amar uma lua

Do que uma estrela

Porque por vezes as luas escondidas pelo sol

Pelos seus planetas

São de todas as coisas

Sem dúvida a mais bela…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 11/01/2012
Código do texto: T3434279
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