Amor de Almas

Ah o verdadeiro amor... ele é impossível de se explicar. Ele não se explica, se vive.

O verdadeiro amor não cobra, ele até ama e sofre sozinho, calado,

condoído e preso à solidão e à própria vontade da liberdade de poder se valer

da improvável união e do improvável encontro.

Mas um dia voltará a ver o seu amor, e então a alegria renascerá.

A partir daí o que importa todo o sofrimento que ficou para trás

se o tempo é tão curto para se amar, para se tocar, se olhar e se entregar?

Assim o perdão e o amor precisam caminhar juntos

para varrer sempre a mágoa da dúvida e o sofrimento da distância.

Ah, o verdadeiro amor! Como ser total se também não for transparente?

O Amor não engana, não esconde, não mente, não brinca com o sentimento alheio,

Ele não articula, não se multiplica inconvenientemente em vários amores.

Ele é apenas um: simples, sincero, cúmplice, protetor e altruísta.

A ganância doentia faz fenecer o amor, pois ele sucumbe

à diversidade e o desejo das muitas paixões, do apelo carnal,

e da quantidade emanada pelo desejo insaciável de se querer todos(as)

e na verdade não ter ninguém, por não amar e não ser verdadeiramente amado(a) por alguém.

Felizes as pessoas que aprendem deste amor

e encontram em suas vidas alguém que possa amá-las

para se entregar numa confiança cega, sem nada pedir em troca.

Pessoas assim descobriram o verdadeiro significado do amor

E por terem aprendido assim, são livres para alçar vôos sem medo da felicidade.

Porque ao mesmo tempo que amam, são desapegadas, desprendidas,

livres, e nada as escraviza, pelo contrário,

é na liberdade que o amor se manifesta na sua forma mais genuína,

pois está sempre pronto para voltar a um único amor, para dar e receber.

Eu encontrei este amor. EAVPSML.