Mulher de flores

Eu costumava olhar pela janela

Para ver o sol se pôr, devagar

E continuava pendurada nela

Vendo cada estrela despertar

E nessa transição de luz e cores

Estava a magia de toda a espera

Como no surgimento de novos amores

Contemplava a dança em aquarela

Mas hoje sabendo o que há lá fora

Não vejo graça em esperar

Todo o encanto foi-se embora

Está tudo bem fora do lugar

Era uma vez em alguma parte da história

Uma mulher de vida, mulher de flores

Hoje só no abismo da memória

Existe o amor, vida... e cores

Mas mesmo em pedaços e esfacelado

O botão não deixa de ser flor

Então, embora existente no passado

Já houve vida aqui, e um grande amor

Adrianas
Enviado por Adrianas em 10/01/2012
Código do texto: T3432665
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