Mulher de flores
Eu costumava olhar pela janela
Para ver o sol se pôr, devagar
E continuava pendurada nela
Vendo cada estrela despertar
E nessa transição de luz e cores
Estava a magia de toda a espera
Como no surgimento de novos amores
Contemplava a dança em aquarela
Mas hoje sabendo o que há lá fora
Não vejo graça em esperar
Todo o encanto foi-se embora
Está tudo bem fora do lugar
Era uma vez em alguma parte da história
Uma mulher de vida, mulher de flores
Hoje só no abismo da memória
Existe o amor, vida... e cores
Mas mesmo em pedaços e esfacelado
O botão não deixa de ser flor
Então, embora existente no passado
Já houve vida aqui, e um grande amor