RASCUNHOS NA GAVETA
Sou poema empoeirado, guardado na gaveta
dos sonhos que ainda não vivi,
Sou retina estressada pela rotina de minha vista
cansada por não te ver,
Sou canoeiro remador solitário, abandonado em alto mar
acompanhado pela tempestade de minha solidão...
Sou a concha soterrada na areia do deserto
de meu coração.
Sou fagulha flamejante na paisagem escaldante
do vulcão que emerge da paixão...
sou passista que exibe na folia
seios desnudos a provocar tuas emoções,
sou menina bailarina te amando e te esperando
para abrir meu coração.
Isis Dumont
(Encontrei na gaveta, ainda de 2011)