na calada da noite

na calada da noite

eu não vou mais ate você

na calada da noite

eu sonho mais com ninguém

na calada da noite

eu desejo a Lua alegre

na calada da noite

os meus erros são apagados

na calada da noite

eu desejo não morrer sem você

na calada da noite

eu desejo ir além de mim

na calada da noite

você não existe mais

na calada da noite

eu já nem sei mais quem eu sou

na calada da noite

esse inverno frio se torna o meu mais gélido verão

na calada da noite

as risadas de outrora lá fora me consomem em tenebrosas febres

não há pedras para se guiar por aqui

na calada da noite

a Lua sangra de amores por mim

ao me ver chorar

ao me ver contemplar

o seu eterno sorriso em minha tela cerebral

(ainda)

na calada da noite

eu posso morrer de mãos juntas pensando em você

conservando nelas o calor do teu rosto

na calada da noite

eu ainda posso viver sem você

moribundo e catatônico

na calada da noite

não adianta nada fazer

eu não me revigoro com a tua voz em forma de elixir

na calada da noite eu ainda morro com você

na calada da noite eu me mantenho calmo e paciençoso

na calada da noite

eu escolho um outro modo de viver os meus dias

na calada da noite eu vejo que voce foi o meu maior investimento

eu vejo que não devia mesmo ter poupado palavras em nossas conversas

na calada da noite

eu vejo o quão feliz eu fui

na calada da noite

eu vejo que voce sempre foi e serás parte de mim

na calada da noite eu te jogo em forma de pluma

a serena mensagem de que te amo cada dia mais

e você me escuta e sorri

de onde quer que você esteja

nós

separados pela Senhora Morte

dentro desses confins negros e trévicos de amor infinito

(que somente nós entendemos e perpetuamos)

(que somente nós entendemos e vivemos)

(que somente nós possuímos...)

boa noite eterna, meu amor...

Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 11/01/2007
Código do texto: T343138