FEBRE
Já não quero acreditar.
Haverá paz no coração?
Se um dia vamos amar.
E saberemos do perdão.
Como uma mensagem,
Uma voz lançada no ar.
Um pedido de socorro,
De alguém a implorar.
Uma agonia latente
de alguém que sofre.
Alguem só, somente
um miserável, pobre.
Uma mensagem foi
para o espaço infinito.
Quando a ouço, dói
como torturante grito.
Trata-se de uma febre.
Uma louca declaração,
poética à parte, parte
em pedaços coração.
Mesmo que eu fale
que grite, sem juizo
Ou que no peito cale,
se for então preciso.
Não haverá resposta.
Porque já está tarde,
Não há quem ouça.
Esta febre que arde.