CÂNTICO PARA NATÁLIA
“CANTICO PARA NATÁLIA”
Num brilho vassalo
A estrela reluz
Ao seu lado
E resume seu cântico
Em tristeza,
Replicado em presença,
De braços entrantes
Que vasculha
O centro e o universo
Para o que cesso,
Em transe,
Não seja um desejo reclame
Que não interfere
Mesmo quando virginal
E desfere os seus votos
Magistrais
Incólume em pele
Marginais à indiferença
Que padeça
Com os tempos
Que ferem
Feriram-se
Ao que se segue
E a madrugada
Faminta e fria,
Sem Natália
Não se percebe
Uníssona
Para que repasse
Seus votos em Cosmos
E se contamine
Em meios,
Em veios,
E em múltiplos modos,
Distantes
Para que novos sóis
Partam em fome
Para agruras de nós;
Para aventuras
Perdido em Dantes
Para que mandem
O instante,
Que incinerem
A dor dos infames
Daqueles por quem chamem.
Os reclames
E se repita como colares
Em planetas que fizeram
Por ti os olhares
Para os tempos de antes
Vibrantes,
Os cantos das alvoradas
Refletem e vestem palavras
Que no universo ficarão
Do início flagelo
Dos que não se estão
E ao centro,
Por certo,
Se tenham às mãos
E façam com que astros
Desmintam a razão
E se perpetuem
Ao ecoaram
O luzir das estrelas
Em mortais canções
Que se reportam
Em uma fração
E predizem,
A canção
O coração se foi,
No amanhecer
Nos colos que encantem
A vidraça molhada
Nos olhos perplexos
Em flagelos,
Em não se encontrar
Ao término
A louvação dos sexos
Em ação
Chuva de amor
Onde às pétalas
São em silêncio
A corte,
Que estão ao alcance
Dos criadores
Em orações
Nos corações,
Nas mãos e nos medos
Nos freios,
Que nos para a razão
Do amor que não se acalma
Em que se rompe ao começo
Que em palavras
Roubam-nos em tremores
Não hão de calar
E nem inalar os tropeços
Da jornada do sol
E da florada dos dias
Em conquistas
Em que seus olhos
Irão terminar
Virão em forma de lampejos
E selariam a noite
Em seu desesperar
Para que o amor
Ao amanhecer
Se diga, logo cedo,
Que devo ao meu receio
O medo de lhe esperar.