Desejos
Desejos
Em meio as brumas de minha incoerência
constato as vezes o que esta por vir.
Serei aquela que de muito amar
sem reciprocidade, faz do amor a ode a seguir.
Em vendavais de dor e de saudade m'alma
escolhe ficar, não vir.
Meu coração, ah! Este é um entrave...
Prenhe de amor, repleto de esperança encanto,
minha razão não quer sequer ouvir.
Os sonhos dourados e as lembranças antigas
pululam sempre alimentando a solidão,
e neste mar, neste universo pardo,
perdi a alma, fiquei sem coração.
E por não ter nunca o que almejo,
amar-te assim, sofrer perdidamente,
a minha fome, meus olhos esconde...
Os meus desejos... A minha boca mente.
(L.T.)