Cerne
Cerne
Quem vê essa moça,
andando altaneira,
ligeira, faceira,
não pode atentar.
Que em seu âmago
esconde um pecado,
que ela matreira,
não o faz notar.
Sorriso atraente
no rosto somente,
na alma, o pezar.
Olhando atrevida
os rostos passantes,
caminhando, nômade,
errante.
Sem paz, sem luz,
só amar.
Amor desmedido
trancado na alma,
longe do mundo sua emoção.
Thanatos em seu interior.
Eros em seu coração.
Levando adiante
sua vida vazia,
Em noites insones
aflita,
as vezes medita...
Na sua desdita...
Por que, deste amar?
(L.T.)