Cerne

Cerne

Quem vê essa moça,

andando altaneira,

ligeira, faceira,

não pode atentar.

Que em seu âmago

esconde um pecado,

que ela matreira,

não o faz notar.

Sorriso atraente

no rosto somente,

na alma, o pezar.

Olhando atrevida

os rostos passantes,

caminhando, nômade,

errante.

Sem paz, sem luz,

só amar.

Amor desmedido

trancado na alma,

longe do mundo sua emoção.

Thanatos em seu interior.

Eros em seu coração.

Levando adiante

sua vida vazia,

Em noites insones

aflita,

as vezes medita...

Na sua desdita...

Por que, deste amar?

(L.T.)

Laskhmi á Deusa
Enviado por Laskhmi á Deusa em 08/01/2012
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