Nada

Nada

O som do silencio me invade,

escorre por todas as minhas veias.

No peito o coração arde,

nesta saudade que anseia.

O som mudo,

gelado, acre,

desaba em mim, me cobre.

com todos os matizes da aurora.

Fome, sede,

de sua boca me devora,

atentas, perniciosas.

Em espera ansiosas.

Sangra minhas chagas.

A dor do nada que restou,

surge muda gritante.

Olhos feridos,

vê a face no espelho,

espectante.

Nada em seu interior reflete.

Por onde andara m'alma?

Neste instante.

(L.T.)

Laskhmi á Deusa
Enviado por Laskhmi á Deusa em 07/01/2012
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