Encontrar
Encontrar
Em tardes mornas ou frias como agora
meu pensamento foge, voa até você.
Qual borboleta adejando flores,
relembrando sonhos,
não consegue esquecer.
Vermelhos olhos de chorar compunge,
a sua cor nem deixa entrever.
Em densas brumas de lembranças enevoadas,
m'alma aflita,
relembra o amor, sempre você.
E nos caminhos tortos desta vida,
meu sol não brilha, perpetuo escurecer.
Eu vou vivendo em tombos e recaídas,
Sempre esperando você aparecer.
Sou viajor de sonhos e quimeras.
Busco-te sempre com olhos flamejantes,
em lua, sois em ancientes eras,
meu coração anseia tua alma viajante.
(L.T.)