AMOR APENAS MEU

Quis te dar o sol e estendi minhas mãos.

Mas no horizonte vi o mesmo se pondo.

Força inevitável junto à natureza,

Como a beleza do nosso amor,

Por ser na verdade, algo apenas meu.

Que junto à tela de um computador,

Perdeu todo o brilho e jamais renasceu.

Vi-me na beleza da fotografia.

Toda trabalhada, buscando a alegria;

Que nunca acordou, pois nunca amanheceu.

Vejo duas mãos acariciando o sol,

E no horizonte feito um caracol,

A velha espera que já pereceu.

Como no espelho onde você e eu,

Pintei tantas vezes cheia de esperança;

Com todas as cores da minha lembrança,

Cada pedacinho que ali desenhei.

Assim como faz-se pequenos brinquedos,

O meu coração escondeu-se de medo,

E amando teu corpo, eu o imaginei.

Se o brilho do sol abandona o dia,

Quem sabe guardando alguma alegria,

Também guardo o sonho de quanto te amei.

Cler Ruwer

Cler Ruwer
Enviado por Cler Ruwer em 03/01/2012
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