AMOR APENAS MEU
Quis te dar o sol e estendi minhas mãos.
Mas no horizonte vi o mesmo se pondo.
Força inevitável junto à natureza,
Como a beleza do nosso amor,
Por ser na verdade, algo apenas meu.
Que junto à tela de um computador,
Perdeu todo o brilho e jamais renasceu.
Vi-me na beleza da fotografia.
Toda trabalhada, buscando a alegria;
Que nunca acordou, pois nunca amanheceu.
Vejo duas mãos acariciando o sol,
E no horizonte feito um caracol,
A velha espera que já pereceu.
Como no espelho onde você e eu,
Pintei tantas vezes cheia de esperança;
Com todas as cores da minha lembrança,
Cada pedacinho que ali desenhei.
Assim como faz-se pequenos brinquedos,
O meu coração escondeu-se de medo,
E amando teu corpo, eu o imaginei.
Se o brilho do sol abandona o dia,
Quem sabe guardando alguma alegria,
Também guardo o sonho de quanto te amei.
Cler Ruwer