Cala-me ou...
Na clareza do absurdo te encontrei por aí
Os mesmos defeitos, sem credos ou religião
O sarcasmo escorrendo pelo canto da boca
As perguntas sempre na frente das respostas
O prazer de ter vivido a história
Reconhecendo que não era a história vivida
O mesmo amargo na língua que eu adoçava
Os braços fortes que me abraçavam bêbados de desejo
A mesma sede de ver o mundo diferente
A cegueira impregnada de vultos e vontade
A contínua vontade de esconder sentimentos
O incrível talento de não demonstrar o que sente
O tempo só reforçou o teu maior talento
O de me calar com tua boca.