Construção

Tua senha

abre

meu corpo

em trovas

e versos.

Sucumbe

a minha língua

desvairada.

Pedaços de céu

em meus mundos internos.

Na palma de minha mão,

traços da vida,

em mil fragmentos.

O sangue corre

de encontro ao teu.

Dentro das lacunas,

abismos terrestres

somos o que somos.

Grãos de areia

espalhados no oceano

a imensidão,

a cor das rosas.

Frutas maduras,

caídas no chão.

Somos como beija-flores

viciados,

nos drogamos

de paixão

não correspondida.

Entre tempestades,

lágrimas

e sussuros.

(Verônica Partinski)

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 09/01/2007
Reeditado em 09/01/2007
Código do texto: T341842
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