Construção
Tua senha
abre
meu corpo
em trovas
e versos.
Sucumbe
a minha língua
desvairada.
Pedaços de céu
em meus mundos internos.
Na palma de minha mão,
traços da vida,
em mil fragmentos.
O sangue corre
de encontro ao teu.
Dentro das lacunas,
abismos terrestres
somos o que somos.
Grãos de areia
espalhados no oceano
a imensidão,
a cor das rosas.
Frutas maduras,
caídas no chão.
Somos como beija-flores
viciados,
nos drogamos
de paixão
não correspondida.
Entre tempestades,
lágrimas
e sussuros.
(Verônica Partinski)