ANUNCIAÇAÕ
Entre as palavras
que adoçam,
no olhar que arranha,
és tão íntima e tão estranha.
Como as nuvens que
deslizam e se chocam,
no azul mar do céu,
como letras feridas
num roto papel.
Dormi no teu solo
em desbravada aventura,
acordei em teu colo
perdida iludida ternura.
A caravana passou
na vida do sonhador,
e no brilho opaco
do meu rosto,sangraram
famintas lágrimas em desalinho
desconforto.
Sois amor
o sino que retine,
anjo da anunciação,
copiosa dolorosa confissão.
Hanilto 02 01 2012