Te amo a mim mesmo

quando o vento sopra, e a vida desgosta

a frustração fica exposta.

e a vida te faz doente, e a dor parece contente

porque teu sangue não ferveu sobre brasa incandescente

e em estado de torpor nasce uma pergunta, de repente..

há quanto tempo o auto-amor me abandonou?

foi comprar um cigarro e nunca mais voltou..

amor?

compaixão ou sempaixão?

atração, apetite ou satisfação?

matar a sede de ser, saciar a falta de calor,

abraçar, no frio, o escuro

arrancar da carne o pudor

o choro, o pavor

um cheiro, um sabor, uma cor

a aflição e o riso

e no fim? só o sentimento impreciso

afinal.. do que é mesmo que eu preciso?