Algumas Metáforas parvas sobre amor…
Distorção do espaço-tempo
Ou um assomo de lucidez
Espelho máximo do sarcasmo
Começar um ano com palavras de amor
Perante o assomo do imenso espaço que ele ocupa dentro de mim
E que por isso mesmo constitui o meu secreto
Mas público
Porque o publicito
Embaraço…
Começar pela milésima vez
A girar
Em torno do mesmo pensamento
Algo de recorrente
Que passa por ser o meu maior prazer
Mas pelo depositário(a) final dele
Também o meu maior tormento…
Como um peixe que quer nadar
Que tem oceanos por explorar
Um espaço por onde viajar
Mas que demasiadas vezes está encerrado num pequeno aquário
Onde com ternura o costumam observar
Ignorando que sem vastas e imensas águas para se espraiar
O espaço que julgam indicado onde ele está
Só o levam a sufocar…
Tal como alguém que de uma forma metafórica
Desde o berço que aprendeu a escutar a voz das estrelas
E tudo quanto possa ouvir
É insustentavelmente menor
E por isso
Só o todo imenso
E não meras partes
É que constitui
O pleno
E completo amor…