MINHA PRIMEIRA MORADA

Quando eu ainda não existia

Em minha vida ultra uterina,

Me transformava em feto

E recebia muito afeto

Nesta mansão pequenina.

Nas entranhas de uma mulher

No âmago de seu interior,

Vivi meus primeiros instantes

Que foram tão importantes

Na efervescência do amor.

Foi em um ato de amor

Entre sussurros e beijos,

Que eu lá me radiquei

E meu destino iniciei

A vida e meus ensejos.

Minha primeira morada

Mais valiosa não tem,

É tão pura e tão sagrada

Onde fiz minha morada

O útero de minha mãe.

Aqui tento exaltar a mulher

Que por natureza é sofrida,

Pois sua barriga, antes do nada

Foi nossa primeira morada

Iniciando assim nossa vida.

J. Coelho

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 01/01/2012
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