MINHA PRIMEIRA MORADA
Quando eu ainda não existia
Em minha vida ultra uterina,
Me transformava em feto
E recebia muito afeto
Nesta mansão pequenina.
Nas entranhas de uma mulher
No âmago de seu interior,
Vivi meus primeiros instantes
Que foram tão importantes
Na efervescência do amor.
Foi em um ato de amor
Entre sussurros e beijos,
Que eu lá me radiquei
E meu destino iniciei
A vida e meus ensejos.
Minha primeira morada
Mais valiosa não tem,
É tão pura e tão sagrada
Onde fiz minha morada
O útero de minha mãe.
Aqui tento exaltar a mulher
Que por natureza é sofrida,
Pois sua barriga, antes do nada
Foi nossa primeira morada
Iniciando assim nossa vida.
J. Coelho