A Historia de uma Poetisa.

Ano que por mim passou, mas sempre apressado

Por vezes mal educado, sem qualquer permissão

Ele continuou louco, rápido, sedento de viver

As horas ele as saboreou, lentamente no relógio

Meu corpo retraiu-se em mais velhice, eu aceitei

Que os dias viraram noite e a noite surgiu na poesia

E nesta poesia cheia de vida, cheia de promessas

Se fez desabrochar partes de mim como mulher

Sonhadora, sedenta de palavras cheias de amor

Que sabiamente as roubei do ano que já se foi

Mas eu sou batalhadora, busco mais e ainda mais

Deixei-me refrescar em um belo jardim, um Oasis

Onde tu és parte da minha recriação, da imaginação

Não deixo de ser a tua mãe, a que recria e te faz nascer

A ti nova poesia, a nova inspiração, que eu tanto amo

Entre outras tantas coisas que ainda amo com fervor

A minha bela família, o meu Deus e os meus irmãos

A bela recriação do meu amado Pai, que é inspirado

E nessa sua inspiração, eu me afogo, eu me renovo

Entre linhas aos avessos, textos apagados e os poemas

Que se perdem entre as linhas do tempo e do teclado

E assim eu pensei! E se um dia o mundo se apaga

Entre o virtual, entre os álbuns guardados na Net

Não tem mais fotos, é antiquado, fora da moda

Encontros apenas nos sites de relacionamento

E claro o computador é o maior baú do século

E que século, quanta informação irá se perder

Quantos poemas recitados, escritos e sonhados

Quantos são os contos, os sonhos e as historia de vida

Que serão jogados no lixo virtual, deixados esquecidos

E a minha obra morre por aqui, fica retida por partes

Entre algum livro editado, entre uma tênue lembrança

Mas nunca me arrependerei porque eu tentei e sonhei

Trabalhei afincadamente, sem medo, sempre escrevendo

O que meu coração sente, na minha amada poesia...